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Transporte clandestino: um risco para a segurança e um canal para crimes


Tráfico de drogas, de pessoas e de animais silvestres são, frequentemente, flagrados em ônibus que irregulares que cruzam as estradas do país

 

O transporte clandestino de passageiros não é apenas uma escolha insegura para quem viaja, mas também um facilitador para atividades criminosas. A ausência de regulamentação e fiscalização rigorosa faz com que esse tipo de transporte seja frequentemente utilizado como meio para práticas ilícitas, como tráfico de pessoas, de animais silvestres, de drogas e contrabando de mercadorias.

 

Empresas clandestinas, ao não exigirem documentação ou emitirem bilhetes fiscais no momento do embarque, criam um ambiente propício para a atuação de criminosos. Sem controle sobre quem entra e sai dos veículos, esse modelo de transporte compromete a segurança de todos os passageiros, expondo-os a riscos que vão desde furtos até a participação involuntária em esquemas ilegais.

 



Há cerca de dois meses, a Polícia Civil de São Paulo prendeu em flagrante uma mulher de 42 anos fazendo o transporte de cerca de 160Kg de maconha prensada escondida em caixas no bagageiro de um ônibus clandestino interestadual. A criminosa iniciou viagem no Paraná e seguira para Alagoas.

 

Um mês depois, outra mulher foi presa enquanto transportava 67 quilos de drogas dentro de uma mala, entre maconha e cocaína. A captura aconteceu no município de Canindé, distante 118 quilômetros de Fortaleza (CE). 

Casos como este são frequentes, assim como as notícias de apreensões de animais silvestres amontoados dentro de caixas ou malas dentro dos bagageiros de ônibus. Pássaros, tartarugas, iguanas, macacos e até cobras já foram flagradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) sendo transportadas pelo país.

 

Além disso, a precariedade dos veículos utilizados por empresas clandestinas agrava ainda mais a insegurança. Muitos desses ônibus operam sem manutenção adequada, sem equipamentos de emergência ou motoristas devidamente habilitados. Isso coloca em risco não apenas os passageiros, mas também todos os outros usuários das estradas.

 

“As empresas autorizadas são submetidas a fiscalização, cumprem normas rigorosas de segurança e exigem documentação dos passageiros, criando um ambiente controlado e seguro. Ao escolher empresas confiáveis, você não apenas protege sua integridade, mas também ajuda a combater o transporte clandestino, que alimenta redes criminosas e prejudica o transporte legal e toda a sociedade”, afirmou a conselheira da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), Leticia Pineschi.

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